DESTINO. CAP- 2
E
aqui estou eu novamente sem saber o que fazer, milhares de pensamentos invadem
minha mente meu coração bate acelerado o suor começa criar vida em meu rosto, mais
eu continuava lá em frente aquela porta imensa com a última gota de esperança
que restava em mim ainda, a espera dele voltar e ser tudo apenas um pesadelo. Isso
não poderia ta acontecendo novamente em minha vida, primeiro minha mãe, agora
meu homem, as palavras daquele senhor que morava ali do lado ecoavam em minha
mente como algo repetitivo, me lembrando a todo instante que ele simplesmente
havia me virado as costas e ido embora, justo agora que eu ia contar sobre a
gravidez, logo agora que finalmente os pais dele iam ter que aceitar nossa
felicidade que estava completa com o nosso bebê. Toda a agonia voltava à tona
me fazendo ir aos prantos mais uma vez sobre aquela chuva que agora caia sobre
mim.
-
Sophia, SOPHIA – Ouvi a voz de minha avó distante a fim de me acordar de mais
um pesadelo- Acorda querida, ta tudo bem, é só mais um pesadelo.
-
Não consigo entender porque ele fez isso vovó- falei com a voz embargada e
minha avó já sabia do que se tratava.
-Não
fique pensando nisso Sophia, deixe as coisas do passado para trás, você tem um
brilhante futuro pela frente, com ou sem aquele rapaz.
- Eu
to cansada de deixar as coisas para trás, ele me deve explicações- falei quando
lágrimas insistiam em descer- ele é o pai do meu filho Vó.
-
Volte a dormir querida, não faz bem para o bebê sofrer fortes emoções,
lembre-se do que o médico disse- Vovó deu um beijo em minha testa e logo em
seguida deitou-se.
Meu
filho nem nasceu e já têm passado por tanta coisa sem ter culpa de nada, ainda
naquela noite que esperava ter noticias de Micael sofri um acidente, até hoje
não sabemos o que houve ao certo naquele dia, e nem de quem cometeu o ato. A
única coisa de que sabemos é que o vagabundo fugiu logo depois de ter me
acertado, com isso trouxe complicações ao meu bebê, minha placenta é descolada
por conta do impacto e sofro sérios riscos de perder meu filho, isso vem me
atormentando todo o dia, o medo de perder meu filho é grande e não posso deixar
que meu orgulho me impeça de trazer essa criança ao mundo, preciso tomar uma
atitude.
- No
dia seguinte ainda sentada a mesa do café encarava minha torrada e o chocolate
quente que esfriava pelo tempo que estava ali.
-Não
vai comer minha neta? – Perguntou minha avó sentada na velha cadeira de embalo
tricotando algo.
-
Ando sem fome, já tomei um copo de leite quando levantei mais cedo – digo
levantando para pegar minha bolsa que se encontrava ao lado – estou indo pro
serviço vovó, se cuida, qualquer coisa mande Pedrinho me ligar.
Pedrinho
é nosso vizinho, tem apenas 11 anos mais é um amor de criança, quando não estou,
sempre vem fazer companhia a minha avó, e confesso que fico bem mais tranqüila
em saber que ela não estará sozinha durante a manhã que passo fora, com um
beijo dado em sua testa sai de casa em direção a lanchonete na qual trabalho.
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